A GHOST STORY, 2017
(ainda sem título em português)
De David Lowery
Homem morre em acidente de carro e seu fantasma (de lençol branco e tudo!) volta para casa. Trivial, não?! De modo algum. Cativante, emocionante, provocante.
Simplesmente o que vemos é sob o ponto de vista do fantasma. O filme foi fotografado como uma foto polaroide antiga (quadrado!), com uma aspecto meio retrô, o que dá uma sensação meio opressiva. As longas sequências paradas e mudas contribuem para um sentimento de “paralisia” de vazio. A passagem do tempo angustia o espectador que começa a experienciar o desespero e solidão do fantasma, agarrado ao lugar, enquanto moradores vêm e vão até a derrubada da casa e construção de um edifício comercial no lugar. Tem mais coisa aí, tá?! Vale a pena.
A história não tem diálogos significativos, exceto o da sequência da festa. É uma experiência visual, psicológica, sentimental, mais do que intelectiva.
Para mim, que amo cinema oriental, parece que o diretor se inspirou no ritmo, profundidade psicológica e melancolia oriental.
Mas advirto: se você dorme em filmes parados, não assista! Se você espera um filme com respostas, conclusões, não assista. O filme é sensorial, simbólico.
Bom filme!